"A Performance Art é um
género artístico, desenvolvido desde os anos sessenta, que resulta
da fusão de expressões como o teatro, o cinema, a dança, a poesia,
a música e as artes plásticas. Está também muito ligada a outras
formas de expressão, como o Happening e a Body Art, realizados por
alguns artistas desde final da década de 50 em Nova Iorque, com
objetivo de interagir mais diretamente com o público. (...). Muitas
vezes estas apresentações eram registradas em fotografias, vídeos
ou desenhos preparatórios.
O movimento artístico
Fluxus, criado em 1961, teve um papel fundamental na divulgação e
desenvolvimento desta forma de expressão. Durante a década seguinte,
torna-se mais forte a influência mútua entre os movimentos da Arte
Minimal e da Arte Conceptual e a Performance Art, tendências que
assumem o domínio da ideia e do processo criativo sobre o resultado
final da obra de arte. Nos finais do século, torna-se difícil
estabelecer limites conceptuais para a Performance Art que é
frequentemente confundida com o teatro, a música ou a dança,
assumindo a designação de "Arte Viva".
(Performance Art. In
Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2014. [Consult.
2014-04-27].
Disponível na www: <URL:
http://www.infopedia.pt/$performance-art>.)
"A performance serviu-se da fotografia e vice-versa,
várias vezes e de diferentes formas. São ambas criações de uma
cultura contemporânea e possuem no seu íntimo o objectivo de
representar ou reinterpretar o mundo. Existem várias características
no ato fotográfico comparáveis à performance, desde a
movimentação do fotógrafo procurando o ângulo ideal para o
enquadramento de um assunto, à produção que é realizada antes da
concretização da fotografia. (...)a fotografia que documenta uma performance
envolve sobretudo uma relação de confiança entre os performers e o
fotógrafo (...) Os temas podem divergir mas o processo que
promove a convergência da fotografia e da performance é
sensivelmente o mesmo (...), o sentido que se cria entre a fotografia
de retrato e a performance abrange um nível mais conceptual, pois
reflectem acerca da própria natureza do ato performativo que
precede o encontro com a máquina fotográfica e o que isso significa
para a cultura contemporânea. Ambos reinterpretam a rotina
fotográfica, trazem-na até ao público e, colocando-a em evidência,
revelam as suas particularidades".
(http://telahabitada.blogspot.com.br/2011/01/performance-na-fotografia-de-retrato_31.html)
Ao reconstruirem a pose fotográfica, estão também a refletir sobre ela. O que é a pose? O que nos leva a alterar o
nosso comportamento na presença de uma máquina fotográfica? Que
rotina é esta e de que forma ela altera ou condiciona uma cultura
que tende a ser cada vez mais iconográfica?
Existe algo que relaciona a fotografia com a
performance ao nível do inconsciente. O condicionamento
comportamental invocado pelo conhecimento da presença da câmara é
tão natural como o pestanejar (...) - uma experiência
constrangedora e quase sobrenatural, e que fundamenta aquilo que este
ensaio pretende sublinhar: existe, de facto, uma alteração de
comportamento na presença de uma máquina fotográfica.
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Foto: Bety Damballah - Edição: Patricia W |
Sendo um projeto meu, que envolve parte do conceito terapêutico da "Dança de Eiwaz", após o Workshop de Tribal Fusion, estilo Cabaret/Burlesque, no Espaço Eiwaz em 06 de abril de 2014, as participantes foram convidadas a construírem um perfil dentro do estilo que envolvesse parte de sua personalidade ousada e sensual, para uma Performance Artística Fotográfica na Pizzaria Mafra Grill, ocorrida às 19h. Momentos especiais foram registrados pelas câmeras...
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Foto: Bety Damballah - Edição: Patricia W |
A dança tribal permite que as personas da sensualidade feminina venham à tona de maneira envolvente e crescente. A mulher é chamada a trazer sua forma guerreira ou conquistadora, alegre ou carismática, amante ou dominadora, sensível ou venenosa, enfim, são as múltiplas expressões de suas personalidades que aparecem de acordo com o pedido da fusão realizada no tribal.
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Foto: Débora Machado - Edição: Patricia W |
Há um momento em que essa nova mulher, que nasce com o desenvolvimento de sua dança, precisa ser vista, precisa aparecer para ela mesma.
A performance fotográfica então permite que venha à tona de maneira rica, cheia de emoção e de virtudes, pois não há vulgaridade nesse processo, e, por isso é verdadeiro.
Os estilos Burlesco (Século 19) e Cabaret (Década de 20) se misturaram nos figurinos construídos para fazer dessa performance um momento único na história de Mafra, onde a Arte foi vista com muito respeito e admiração pelo público que a apreciou.
“Não é uma mulher vulgar ou desencaixada. Ela é consciente de sua
sensualidade sem ser escrachada. A aluna se descobre na dança e coloca
esses aspectos mais pessoais, além de trabalhar sua feminilidade dentro
de seu próprio contexto”
(Marília Lins, http://delas.ig.com.br/comportamento/use-a-danca-para-descobrir-sua-sensualidade/n1237719283904.html)
"A banalização do sensual e do sexual nos deixou adormecidos para as
sutilezas possíveis, e o burlesco resgata isso com o riso. Não é "olhe
para mim, como sou sexy". É algo mais inocente e divertido, cheio de
duplo sentido"
(Sweetie Bird, http://delas.ig.com.br/comportamento/use-a-danca-para-descobrir-sua-sensualidade/n1237719283904.html)
"O estilo ajuda a mulher a conhecer melhor o corpo, a ter controle sobre
onde está e sua postura. Além dos benefícios de praticar um exercício
divertido, o 'neoburlesco' ensina a gostar do corpo, seja como for. A
encontrar o seu melhor, e aprender a usar"
(Marília Lins, http://delas.ig.com.br/comportamento/use-a-danca-para-descobrir-sua-sensualidade/n1237719283904.html)
Em meio a muito brilho, cristais, plumas, rosas no cabelo, pérolas no pescoço, cintas-liga, meias-calças, saias armadas, luvas longas, leques, maquiagem forte, beauty spots (pintinhas desenhadas com lápis), cílios postiços, unhas postiças, perucas, apliques, cabelos com ondas armadas, botas e saltos, boleros de renda, espartilhos e corsets, as participantes do evento captaram o melhor do Burlesque e do Cabaret para compor o estilo próprio!

Para adaptar o estilo Cabaret/Burlesque em sua vida não sinta vergonha e aposte no brilho e no exagero sem medo, essas tendências estão em alta, assim, quem sabe você não faz tanto sucesso quanto essas poderosas mulheres?
Após as sessões fotográficas, uma gostosa confraternização ocorreu, onde amigos e familiares das participantes também estiveram presentes. O conjunto de mesas reservadas para o grupo tinha um mimo de lembrança para cada convidado guardar na memória esse momento especial. Um brinde coletivo também selou a finalização com muita alegria e gratidão a todos os que estiveram presentes.
Participaram da performance:
Bety Damballah, Andressa Rankel, Biah Nunes, Camila Castro, Camille Assumpção, Cris
Kondlatsch, Débora Machado, Fabi Lanke, Lorenna Mildenberger, Maristela Santos, Melissa Ágata, Michele Almeida e eu (Patricia W)
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