Olá, Mulheres do Círculo Dakini!
Vou explicar um pouco sobre o processo de "ensino-aprendizagem" de dança circular feminina oferecida aqui no Espaço Eiwaz:
Vou explicar um pouco sobre o processo de "ensino-aprendizagem" de dança circular feminina oferecida aqui no Espaço Eiwaz:
As
aulas são um "mix" entre danças circulares (em
formato de roda), dança do ventre, dança cigana e dança tribal, cujas coreografias vão sendo construídas em
conjunto por todas as participantes, de maneira amigável e
divertida.
A
atividade em círculo permite a criação de novos caminhos e novas
orientações espaciais já que saímos do formato retangular ou
quadrado em frente ao espelho. Compreendendo o centro da roda como
sendo a pessoa, ao o público para quem se apresenta a dança.
Interagindo com as colegas e distribuindo "empatia" e
sincronicidade. Da mesma forma, a figura da professora adquire uma
característica mais próxima, mais participativa e íntima; similar
a uma mãe ou irmã mais experiente que passa o conhecimento de algo,
mas que também divide, acolhe, confraterniza e inova com os
conhecimentos e impressões que chegam e vão sendo compartilhados.
Essencial
para o processo de unificação/união do grupo de mulheres, a dança em
círculo permite o conforto de estar dançando com e ao lado de
alguém, bem como favorece ao aprendizado individual e comprometido
no momento em que se perde a referência do espelho com a professora
à frente para se "experienciar" o movimento em diferentes posições
da roda.

Aqui,
no Espaço Eiwaz, as coreografias seguirão após um aquecimento com
danças circulares e/ou alguns exercícios direcionados aos
movimentos a serem trabalhados. Depois da escolha do tipo de dança
(cigana, tribal, ventre, com ou sem véu, burlesca, teatral, sensual, etc...),
a coreografia é "montada" e passada, aos poucos, até ser
totalmente "sentida" pelo grupo de mulheres, ainda que não
se tenha perfeição nos movimentos específicos; nessa etapa o que
importa é "sentir o todo". somente após esse processo é
que teremos o "passo-a-passo" detalhado de cada movimento
que vai ser estudado, compreendido, corrigido e treinado para deixar
a composição coreográfica encantadoramente finalizada.
A leitura da música em relação às coreografias se dá preferencialmente sem a utilização de contagens de tempo, para que a melodia, a letra, os timbres, etc. sejam "sentidos" pela pessoa que dança e, que se permita, assim,que a possibilidade de improviso não fique tão distante.
Esse
processo de aprendizagem pode até causar estranheza e desconforto no
início,mas,uma vez assimilado, capacitará a pessoa a dançar livre
e naturalmente sem a preocupação com movimentos complexos ou com
contagens de tempo, percebendo a música, a energia e o ritmo fluindo
juntamente com seus próprios movimentos corporais.
Nesse
momento, (uma vez compreendido o processo de aprendizagem da
"dança-eiwaz"), a mulher terá sentido inúmeras
transformações internas e externas; verá que o tempo a mais
dedicado a um ou outro movimento ou exercício lhe fez ver resultados
no fazer e no "sentir"; perceberá mudanças na
flexibilidade e na agilidade (inclusive mentais) e no desenho de sua
silhueta (externa e "internamente"). A paciência a
tolerância que, muitas vezes, o aprendizado exige; a humildade e a
solidariedade para com as demais; a auto-estima e a auto-confiança
crescem junto com uma evolução de sentimentos que "resgatam o
poder da feminilidade".
Enfim,
uma adorável sensação de liberdade se seguirá tomando conta
daquele "vazio" interno ou da antiga sensação de
repressão. A mulher "ressurgirá" com todo o seu
potencial criativo, de dentro para fora de si mesma!
Quanto
tempo levará para se chegar a isso? O tempo que cada mulher levar
para aprender a não se cobrar, não se julgar ou se culpar (dando-se
o tempo que for preciso), sabendo que mais cedo do que se imagina,
"acordará abrindo os olhos" para a mudança que já
ocorreu. E saberá que importante mesmo é lembrar de que seu
investimento em si mesma não deve ser negligenciado ou esquecido.
Nunca desistindo, pois, importante acima de qualquer coisa é Ser
Feliz!
Com
carinho especial,
DAKINI PATRICIA
Mafra,SC
- 12 de outubro de 2012
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