Atividades Culturais, Holísticas e Terapêuticas

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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

DANÇA CIRCULAR FEMININA NO ESPAÇO EIWAZ


Olá, Mulheres do Círculo Dakini! 
Vou explicar um pouco sobre o processo de "ensino-aprendizagem" de dança circular feminina oferecida aqui no Espaço Eiwaz:
As aulas são um "mix" entre danças circulares (em formato de roda), dança do ventre, dança cigana e dança tribal, cujas coreografias vão sendo construídas em conjunto por todas as participantes, de maneira amigável e divertida.
A atividade em círculo permite a criação de novos caminhos e novas orientações espaciais já que saímos do formato retangular ou quadrado em frente ao espelho. Compreendendo o centro da roda como sendo a pessoa, ao o público para quem se apresenta a dança. Interagindo com as colegas e distribuindo "empatia" e sincronicidade. Da mesma forma, a figura da professora adquire uma característica mais próxima, mais participativa e íntima; similar a uma mãe ou irmã mais experiente que passa o conhecimento de algo, mas que também divide, acolhe, confraterniza e inova com os conhecimentos e impressões que chegam e vão sendo compartilhados.
Essencial para o processo de unificação/união do grupo de mulheres, a dança em círculo permite o conforto de estar dançando com e ao lado de alguém, bem como favorece ao aprendizado individual e comprometido no momento em que se perde a referência do espelho com a professora à frente para se "experienciar" o movimento em diferentes posições da roda.

Movimentos de dança de roda, do ventre, cigana e tribal vão sendo introduzidos nas aulas por meio de coreografias, à princípio construídas pela professora/orientadora e, mais tarde pelas participantes do grupo que se sentirem à vontade. Esse processo não é "automático", onde a mulher aprende um "passo-a-passo" coreográfico para depois apresentar-se; é algo que exige paciência e tempo para consigo mesma; principalmente se passou anos sem praticar atividades físicas e, assim, não será do dia para a noite que, de repente, começará a dançar. É claro que há pessoas que são verdadeiros "prodígios" e superam rapidamente seus mestres, mas, em geral, as pessoas necessitam de tempo diferenciado para aprender.

Aqui, no Espaço Eiwaz, as coreografias seguirão após um aquecimento com danças circulares e/ou alguns exercícios direcionados aos movimentos a serem trabalhados. Depois da escolha do tipo de dança (cigana, tribal, ventre, com ou sem véu, burlesca, teatral, sensual, etc...), a coreografia é "montada" e passada, aos poucos, até ser totalmente "sentida" pelo grupo de mulheres, ainda que não se tenha perfeição nos movimentos específicos; nessa etapa o que importa é "sentir o todo". somente após esse processo é que teremos o "passo-a-passo" detalhado de cada movimento que vai ser estudado, compreendido, corrigido e treinado para deixar a composição coreográfica encantadoramente finalizada.


A leitura da música em relação às coreografias se dá preferencialmente sem a utilização de contagens de tempo, para que a melodia, a letra, os timbres, etc. sejam "sentidos" pela pessoa que dança e, que se permita, assim,que a possibilidade de improviso não fique tão distante.

Esse processo de aprendizagem pode até causar estranheza e desconforto no início,mas,uma vez assimilado, capacitará a pessoa a dançar livre e naturalmente sem a preocupação com movimentos complexos ou com contagens de tempo, percebendo a música, a energia e o ritmo fluindo juntamente com seus próprios movimentos corporais.

Nesse momento, (uma vez compreendido o processo de aprendizagem da "dança-eiwaz"), a mulher terá sentido inúmeras transformações internas e externas; verá que o tempo a mais dedicado a um ou outro movimento ou exercício lhe fez ver resultados no fazer e no "sentir"; perceberá mudanças na flexibilidade e na agilidade (inclusive mentais) e no desenho de sua silhueta (externa e "internamente"). A paciência a tolerância que, muitas vezes, o aprendizado exige; a humildade e a solidariedade para com as demais; a auto-estima e a auto-confiança crescem junto com uma evolução de sentimentos que "resgatam o poder da feminilidade".

Enfim, uma adorável sensação de liberdade se seguirá tomando conta daquele "vazio" interno ou da antiga sensação de repressão. A mulher "ressurgirá" com todo o seu potencial criativo, de dentro para fora de si mesma!

Quanto tempo levará para se chegar a isso? O tempo que cada mulher levar para aprender a não se cobrar, não se julgar ou se culpar (dando-se o tempo que for preciso), sabendo que mais cedo do que se imagina, "acordará abrindo os olhos" para a mudança que já ocorreu. E saberá que importante mesmo é lembrar de que seu investimento em si mesma não deve ser negligenciado ou esquecido. Nunca desistindo, pois, importante acima de qualquer coisa é Ser Feliz!
Com carinho especial,
DAKINI PATRICIA
Mafra,SC - 12 de outubro de 2012

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